"me desculpem"... Mas por quê?

Demorei um pouco, porém estou aqui.
Mais uma semana que se passou e várias coisas acontecem ao mesmo tempo!!!
É impossível deixar de escrever sobre as Olimpíadas!!! Afinal, este evento maravilhoso só acontece de quatro em quatro anos!!! Mas uma coisa me incomoda muito com os brasileiros que lá disputam medalhas... Todos que perdem têm o mesmo discurso, “me desculpem”! Mas desculpar por quê??? Por ter ido a Pequim e lá ter dado o máximo de si, porém infelizmente não deu certo? Eu acredito que eles não devam pedir desculpa... E sim os brasileiros (motivados por jornalistas) que diziam que o ouro já estava garantido!!! Porque de tanto falarem, pressionaram negativamente nossos atletas.
Infelizmente o Brasil não está preparado para ter grandes campeões olímpicos... Mas pelo menos para mim isso não é nenhuma novidade como já escrevi anteriormente. Contrariamente, os Estados Unidos da América que preparou um atleta para ser o maior de todos os tempos, um ícone, uma lenda, simplesmente Michael Phelps. Um atleta que desde o início dizia “eu não sou o segundo Mark Spitz e sim, o primeiro Michael Phelps”. Isso sim é um atleta preparado para ser o melhor que já se viu até hoje!!!! Um atleta movido por músculos e coração, assim como o nosso grande Cielo o homem mais rápido do mundo dentro das piscinas, treinado pelo nosso primo rico (EUA).
O que me deixa mais triste é saber que estamos em ano de eleição, pleiteando uma candidatura para uma “possível” olimpíadas aqui no Brasil, e nenhum candidato com propostas concretas, ou pelo menos convincentes, de melhoria nos esporte e consecutivamente na saúde. O que vemos é “vamos fazer corredor, investir X em transporte, Y em educação” e por aí vai para todas as outras necessidades básicas. Mas infelizmente essas propostas se tornam apenas propostas. Todos esses que estão aí, já tiveram a oportunidade de fazer algo e não fizeram!!! Mas aí vem aquela pergunta “em quem votar?”. Sinceramente, eu não sei. Porque se soubesse eu trabalharia de graça para esta pessoa se eleger e fazer o que ninguém conseguiu até agora, que é dar dignidade e respeito ao povo brasileiro.

São tantas coisas que eu gostaria de escrever, mas infelizmente o tempo não deixa... Mas resumidamente é isso o que eu tenho só por dizer.

Uma visão, porém um sonho...

No último dia 10 de agosto, eu como um bom ex-atleta (natação) assistia a Olimpíadas na prova na qual era minha especialidade, os “100 breaststroke”, se preferir em português, os 100 metros peito. Em plena apresentação dos atletas, que é uma apresentação muito legal, eu tive uma visão na qual eu estava ao lado do recordista mundial da prova, o japonês Kitajima. É até engraçado... Mas eu me vi mesmo!!!

Fiquei chateado porque foi apenas uma visão. O que eu vi não era realidade, nem minha e nem de muitos brasileiros... O que eu vi, foi um sonho de toda criança que ama um esporte e não pode realizá-lo porque durante a sua trajetória, houve vários desvios que poderia não existir, caso tivesse a infra-estrutura que paises como EUA, Austrália, Japão e outros paises dão para ter verdadeiros Campeões.

Infelizmente esta é a nossa realidade, ver brasileiros ganharem medalha de bronze e dizer que aquilo vale ouro... Mas vale mesmo! Em um país que não dá o respeito, dignidade e infra-estrutura (esta palavra é tudo nos esportes) para se fazer um campeão, não deveria ter atletas com a garra como temos.

Neste exato momento em que escrevo a maior prova de tudo isso acaba de acontecer. O nadador brasileiro César Cielo acaba de ser bronze nos 100 metros livre. A emoção e sinceridade transparecem em suas palavras ao agradecer às pessoas que o apoiaram desde o início. É valido lembrar que este atleta teve que adotar um outro país para poder ter condições de ser um medalhista olímpico. Condições estas, dadas pela Universidade de Auburn nos EUA, na qual lhe deu a infra-estrutura de trazer esta medalha para o Brasil.

Acredito que seja isso o que eu tenho para dizer. Espero que um dia não tenhamos que enviar atletas para outros paises para serem campeões olímpicos. E sim, trazer atletas de toda parte do mundo para ser campeões treinados aqui, neste país que eu amo tanto.

Um início! 08/08/08

Melhor dia impossível para se começar um Blog!

Um dia numérico, astrólogo e histórico. Este é o 08/08/08. Além de o dia ser uma sequência rara de números, para muitos credores da astrologia é um dia especial porque acreditam que o portal de Orion é aberto. E com isso, todos os sentimentos é multiplicado independentemente se estes forem bons ou ruins. Para quem acredita isso é ótimo, e para quem não acredita, pode pelo menos tentar acreditar em algo positivo, já que acreditamos em tantas besteiras que nossos governantes dizem.

Mas sem dúvida alguma, o grande marco de hoje é esta data histórica. Um dia em que o mundo não parou para ver um país, que como dizem os próprios filhos dessa terra “não respeita os direitos humanos”, realizar a abertura dos jogos que une os povos mais distintos. Isso sim é um ato memorável... Os jogos olímpicos com o maior número de países e atletas... Na qual para alguns, este jogos é um sonho. Para outros uma obrigação de subir ao podium. E têm aqueles também que buscam simplesmente o respeito e o orgulho de levar o nome de sua nação ao mundo!!!

Porém, nem tudo foi maravilhoso neste dia que teria tudo para ser um sonho... Um país que nem se quer pode ser considerado medíocre, porque este está muito abaixo da média, atacou de forma brutal seu país vizinho matando mais de mil pessoas. Para um ato como este, eu não sei se eu falo o que penso, ou se eu simplesmente fico calado para representar a nossa atitude perante tanta violência que acontece não só no mundo, mas ao nosso redor. E acreditamos que isso faz parte dos tempos modernos!!? Qual é o direito do ser humano, que diz que ele pode ir a um povoado e matar mais de mil pessoas? Ou vamos pensar mais perto... Qual o direito do ser humano que diz que podemos roubar, matar, agredir, desrespeitar, estuprar e principalmente, ser cúmplice de tudo isso?

Eu não sei aonde chegaremos... Mas sei que este é o meu começo. E este será o meu espaço para tentar não ser parte deste mundo em que vivemos.